3 de maio de 2008

Sexta-pós feriado

Nesta sexta-feira pós-1° de maio tudo o que eu estudei se resume à um texto sobre segregação urbana, de autoria de Edmond Préteceille. E isso ainda começou sóó de noite... O resto do feriado e da sexta fiquei me preocupando em ouvir sotaque indiano pois o Plínio me convocou para fazer uma tradução de uma palestra da indiana Deepa Gopinath, que pesquisa essas coisas de síntese de fala, ritmo e prosódia... Enfim, vamos ao filtro:

a construção social da segregação urbana: convergências e divergências - Edmond Préteceille in Espaço e Debates 45 - São Paulo 2004
Este texto fala basicamente de como é difícil comparar níveis de segregação urbana estudados all over the world nas cidades ditas globais - e que nos estudos desse tipo, existem muito mais divergências do que as aparentes convergências. O problema, na opinião dele, começa na definição de segregação em cada lugar. Por exemplo, no Brasil e na França a questão se pauta sobre as diferenças sócio-econômicas e a segregação urbana que surge a partir disso. Já nos EE.UU., os estudos visam analisar a segregação sobre uma ótica etno-racial. Dentro desta problemática existe ainda outras problemáticas como: Qual é a tal classificação socio-econômica utilizada nesses estudos? A mesma utilizada nos censos? E a classificação etno-racial? É a mesma coisa ser um preto pobre no Brasil e ser um preto pobre nos EUA?
Dito isso, Edmond parte pra discussão acerca dos recortes urbanos que são faitos para esses estudos. Ele chega à várias conclusões, mas a que convém citar é esta: "Da mesma forma que não existem categorias sociais mais pertinentes a priori, não há recorte espacial que se imponha a priori."(p 15).
Em seguida ele termina falando um pouco dos métodos estatíscos que são usados - o que eu achei muito subjetivo pra um método estatístico {talvez a subjetividade esteja na explicação dele e não no método em si} - e sobre a questão das políticas públicas no que diz respeito a essa questão, mas sobre isso não vou falar por que não entendi muito bem.

Mais há o que dizer mas isto basta.

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