11 de agosto de 2009

trecho de um texto escrito por alguém que vive na velhice da humanidade

"(...) me lembro sem precisar fazer tanto esforço assim, de uma coisa a qual chamavam "ponto de ônibus". Ponto é ponto mesmo e ônibus era como se fosse um enorme carro que tivesse muitos lugares para as pessoas sentarem. Pagava-se pra entrar neste carro que passava sempre pelos mesmos lugares (esses lugares eram os pontos).
Era como se você estivesse andando pela rua e de repente, ao dobrar uma esquina, encontrasse, em uma calçada, um aglomerado de pessoas com a mesma expressão no rosto e olhando todos na mesma direção. Assim era o ponto de ônibus.
Incrivelmente, não perdiam a paciência com a fastidiosa espera - ou pelo menos, pareciam manter-se controlados. Ficavam ali, parados, esperando a vida passar junto com o ônibus. "

[UPDATE] vou usar esta tirinha do heneh para ilustrar este trecho

Um comentário:

Brubs disse...

Claramente ele nunca pegou ônibus em Campinas. "não perdiam a paciência". ha. sei.

eu sempre fico aflita esperando ônibus...parece realmente que a vida passa demais. "ó, 20 minutos esperando, eu já tinha ido até num sei onde".