30 de abril de 2009

Memórias amnésicas de uma micro-espeleologia gástrica recursiva ou Garganta profunda

- Oi tudo bem?
- Tudo bem, pode deitar aí nesta maca.
- O que tem nessa injeção aí?
- Dormitol, anota aí porque esse é bem calmante.
- Esse cano aí entra inteiro?
- Até o talo mas acho que vamos ter que buscar uma extensão pra você. Vira de lado e coloca isso aqui na boca, por favor.
Algumas mãos sobrevoam meu campo de visão e alguém deve ter tropeçado na minha tomada...


35 minutos depois, senti a sensação mais desesperadora da minha vida, algo que contando assim pode parecer trivial, mas não foi: por alguns segundos, eu não sabia onde estava nem O QUE eu era!
Só me lembro de alguns flashes conclusivos como:
"ah, eu devo estar no hospital" e "como eu vim parar nesta cadeira!?"
Depois do boot, me vi sentado numa cadeira ao lado de um velho senhor que estava no mesmo barco que eu. Trocamos algumas palavras que, por mais que eu tente, não consigo me lembrar (só me lembro da cara de espanto da enfermeira). Foi então que eu tomei o chá com bolachas mais delicioso da minha vida ;)

De repente estou dentro do carro comendo um salgado (e já estou na metade dele), e eu estou até agora acreditando que alguém me deu um control-x control-v.

Em casa depois do almoço, já se recuperando, comecei a sentir umas partes do corpo que até então nunca tinha sentido. Será isso que eles chamam no yoga de "consciência corporal"?

2 comentários:

André Marcorin disse...

hmmmm, que partes que vc está sentindo agora???? (ta ardendo??)

:P

Ow, sua mãe falou alguma besteira que vc falo?

Fulana de Tal disse...

GARGANTA PROFUNDA! ahahahIOHAIOAHihaioahioahioHA

que tonto que vc é, Sol!